domingo, 2 de novembro de 2014

Saindo do convencional, o rock progressivo

   No final da década de 60 e começo da década de 70 o rock n' roll (e a música em geral) chegava no climax da fusão, expansão, liberdade e variedade artística que tinha começado no meio dos 60s. A regra era experimentar, fazia-se de tudo, misturavam se gêneros, música e experiencias visuais, arranjos inovadores etc. No meio disso tudo o rock psicodélico foi florescendo e alguns individuozinhos foram misturando esse estilo que gostavam tanto com o virtuosismo do jazz e da música clássica e foi mais ou menos assim que nasceu o rock progressivo.

 
   Tendo como principais nomes bandas como Yes, Genesis, King Crimson, Emerson Lake & Palmer, Gentle Giant, Focus, Premiata Forneria Marconi e até Pink Floyd e Jethro Tull em certas fases, o gênero tem como características: primeiro, não é nem um pouco comercial e nem se presa a isso, e isso gera as outras características como grandes suítes, de 20 a 30 minutos (ou mais hehe), músicas com vários climas e alguns (ou a maioria) bem estranhos, virtuosismo puro, mudanças de compasso, instrumentais, presença forte de teclados e sintetizadores, letras com temáticas diferentes, álbuns conceituais, entre outras coisas.

   Apesar de todas essas características comuns as bandas do estilo, não dá pra padronizar o som típico do gênero, pois embora facilmente identificável cada grupo faz um som bem diferente do outro mesmo que nos mesmos moldes.

   Clássicos do progressivo são: Close to The Edge do Yes, Selling England by The Pound do Genesis, Thick as a Brick do Jethro Tull, Tarkus do ELP, Moving Waves do Focus, Mirage do Camel, Larks' Tongues in Aspic e Red, ambos do King Crimson etêcéterá.

   O Brasil também teve uma representatividade grande de bandas do gênero como os Mutantes ( pós saída da Ritinha Lee) que lançaram um classicão chamado Tudo Foi Feito Pelo Sol, o som (divino) do Bacamarte no Depois do Fim, o respeitadíssimo Criaturas da Noite d'O Terço e mais: Casa das Maquinas, Som Imaginário, Sagrado Coração da Terra, Recordando o Vale das Maçãs, Moto Perpétuo, A Bolha, O Som Nosso de Cada Dia, sendo essas as mais reconhecidas.

   Esse tipo de rock teve algumas cenas que se destacaram, o progressivo ingles (sempre eles), o progressivo italiano (sim, fazem música na itália e é de qualidade), e o Krautrock que é alemão (e bem louco).

   Hoje em dia, o número de bandas em atividade e o número de ouvintes é menor, pelo menos novos ouvintes, ainda tem aqueles tiozão chatos com barriga de chopp que sabem te informar qual as peças de bateria do baterista da sexta formação do Yes. Ainda sim, se destacam mais recentemente Steven Wilson e sua banda, o Porcupine Tree, Spock's Beard, The Flower Kings,The Mars Volta e o supergrupo Transatlantic, além das antigas ainda em atividade. Surgiu também a fusão do prog com o metal = prog metal mas eu nem ouço tanto e nem to afim de falar sobre.

   Eu comecei a curtir esse estilo por causa do meu pai, que é fã de carteirinha desde muito tempo atrás (bota tempo ai) e no começo, como é a esperada reação inicial, achei MUITO chato e sem sentido NENHUM ai deixei de lado, com o tempo fui conhecendo mais de música, abrindo a mente e quando voltei pra escutar, as mesmas coisas que tinha achado chato..estavam soando sensacionais! Provavelmente você não vai gostar no começo, nem depois,  nem mais depois ainda (rs) mas quem sabe ein? Por hoje é só..

Abs
John


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